O pronunciamento do prefeito Anderson Adauto de que existe a possibilidade de a prefeitura vender a área do Parque Jacarandá, mais conhecido como Bosque, gerou revolta da comunidade, seguida de manifestações. Entretanto, em entrevista ao JORNAL DE UBERABA, o responsável pelo Parque, o biólogo Paulo Cesar Franco, revelou que é preciso fazer uma reforma no local, com adequações, principalmente para os animais, que atualmente infringem a legislação.
Segundo Paulo Cesar, a área é um resquício da Mata Atlântica e ao mesmo tempo com característica de bioma do cerrado. A mata conta com espécies vegetativas centenárias, como o Jequitibá que é uma vegetação nativa, assim como a Canelinha, Maria Preta, Óleo, entre outras árvores que fazem parte do local, e animais é claro. Já a árvore que dá nome ao Parque, o Jacarandá, é uma espécie introduzida – plantada no local.
Em 1966, a área era uma propriedade particular, em que o responsável adequou com animais e plantas, entretanto teve dificuldades para mantê-la e foi cedida à prefeitura. Na década de 90 passou por uma nova adequação, durante o mandato de Hugo Rodrigues da Cunha, em que através de um trabalho voltado para os animais, o zoológico foi reconhecido pelo Ibama.
Paulo esclarece que a área pode ser considerada uma Área de Preservação Permanente (APP), por ter nascentes. Porém, neste caso específico, não respeita a legislação, pois deveria ter uma distância de 50 metros da área urbana, o que não acontece, pois o Bosque é rodeado pelas casas do bairro Vila Olímpica. Questionado se em uma APP pode haver modificações, o biólogo explica que isso não é empecilho no caso de venda ou construções, desde que tenha interesse público.
Porém, muito mais do que questionar sobre a venda ou não da área do Bosque, Paulo alertou para a necessidade de adequações do local. Segundo ele, hoje tudo está fora da legislação, é preciso ter mudanças. “O nosso Zoológico Municipal Parque Jacarandá foi feito da forma inversa, pois os animais têm de se adaptar à vegetação e não o contrário do que normalmente acontece: um zoológico e depois o paisagismo. Os nossos animais são tipos do cerrado, precisam de banho de sol, com a vegetação isso é impossível, pois o sombreamento é constante”, explica Paulo Cesar.
Segundo o biólogo, com a autorização do Ibama já chegou a pedir o corte de 40 árvores para adequação dos animais. Além disso, Paulo alerta para acessibilidade, pois no molde atual é impossível que um cadeirante ou uma pessoa idosa caminhe pelas trilhas do Parque, bem como o estado dos animais, pois hoje é impossível receber mais animais, não tem espaço.
“O prefeito já solicitou um projeto sobre as mudanças, a previsão de gasto é em torno de R$ 800 mil a R$ 1 milhão, o que com certeza, na minha opinião, seria mais viável a construção de um novo zoológico, mais moderno e acessível a todos”, explica Paulo, ressaltando que não questiona a venda da área, mais sim a necessidade de mudanças, principalmente de questões ambientais.
Outra questão levantada foi sobre o barulho, com a construção do shopping irá trazer danos aos animais. Segundo Paulo, ainda não existe nenhum estudo que comprove se isso realmente irá acontecer, mas é confirmado que somente os com passeios e visitações da população já traz danos.
Resposta – Sobre toda essa polêmica gerada, da venda do Bosque, principalmente sobre a valorização da área a partir da construção do shopping o prefeito Anderson Adauto se posicionou mais uma vez.
Segundo ele, é preciso esclarecer que a instalação do novo shopping em Uberaba não depende em nada da área do Bosque. “A venda da área foi colocada apenas como uma ideia, e não será uma ação praticada no meu governo. Nossa intenção é deixar o projeto pronto e uma outra área reservada no caso de realmente o Bosque precisar ser transferido, lembrando que já constatamos que aquele não é o local ideal para os animais”, afirma o prefeito.
Além disso, é bom lembrar que para a venda do local não é somente colocar uma plaquinha de “vende-se”. “É preciso respeitar todo um trâmite, como a destituição dos animais. Eles não podem ser colocados em qualquer local, além de ser um processo burocrático e complexo, como a autorização do Ibama”, ressalta Paulo Cesar.
Em respostas a população com a possibilidade do fechamento do Zoologico, esta fazendo um chamado pela internet como na mesma moeda, para fazer o protesto ;
Cidadãos marcam protesto neste sábado (28) no zoológico local, às 14h. Segundo o organizador do movimento, José Eduardo Reis Ferreira, o objetivo é lutar pela manutenção do Bosque: “É impossível transportar nascente, transplantar árvores de mais de 60 anos, conseguir área de 33 mil metros quadrados de mata nativa, entre outras coisas.”
O movimento está sendo divulgado na rede social Facebook na internet, mais de 100 pessoas vão atender o chamado e outras 1.642 talvez atendam. A maioria dos internautas disseram não saber da situação e mostraram-se chocados com a novidade, muitos fizeram comentários criticando a ação do prefeito Anderson Adauto.
Um dos protestantes se ofereceu para ficar durante seis horas organizando um abaixo-assinado dentro do Bosque e pediu a colaboração do restante.
Segundo o chefe de seção de áreas verdes e arborização da Prefeitura Municipal, Thiago Pires, atualmente o Bosque abriga 130 animais de 35 espécies diferentes entre aves répteis e mamíferos. Ele conta que a população não precisa se preocupar com os animais, estão sendo vistos novos locais para a construção de um novo zoológico e ele promete que caso a mudança realmente seja necessária, o novo local estaria pronto antes de fechar o atual Bosque.
“A mudança seria feita por biólogos, veterinários e todo o pessoal necessário para o serviço. Os animais não serão prejudicados de forma alguma”, afirmou.
Segundo Paulo Cesar, a área é um resquício da Mata Atlântica e ao mesmo tempo com característica de bioma do cerrado. A mata conta com espécies vegetativas centenárias, como o Jequitibá que é uma vegetação nativa, assim como a Canelinha, Maria Preta, Óleo, entre outras árvores que fazem parte do local, e animais é claro. Já a árvore que dá nome ao Parque, o Jacarandá, é uma espécie introduzida – plantada no local.
Em 1966, a área era uma propriedade particular, em que o responsável adequou com animais e plantas, entretanto teve dificuldades para mantê-la e foi cedida à prefeitura. Na década de 90 passou por uma nova adequação, durante o mandato de Hugo Rodrigues da Cunha, em que através de um trabalho voltado para os animais, o zoológico foi reconhecido pelo Ibama.
Paulo esclarece que a área pode ser considerada uma Área de Preservação Permanente (APP), por ter nascentes. Porém, neste caso específico, não respeita a legislação, pois deveria ter uma distância de 50 metros da área urbana, o que não acontece, pois o Bosque é rodeado pelas casas do bairro Vila Olímpica. Questionado se em uma APP pode haver modificações, o biólogo explica que isso não é empecilho no caso de venda ou construções, desde que tenha interesse público.
Porém, muito mais do que questionar sobre a venda ou não da área do Bosque, Paulo alertou para a necessidade de adequações do local. Segundo ele, hoje tudo está fora da legislação, é preciso ter mudanças. “O nosso Zoológico Municipal Parque Jacarandá foi feito da forma inversa, pois os animais têm de se adaptar à vegetação e não o contrário do que normalmente acontece: um zoológico e depois o paisagismo. Os nossos animais são tipos do cerrado, precisam de banho de sol, com a vegetação isso é impossível, pois o sombreamento é constante”, explica Paulo Cesar.
Segundo o biólogo, com a autorização do Ibama já chegou a pedir o corte de 40 árvores para adequação dos animais. Além disso, Paulo alerta para acessibilidade, pois no molde atual é impossível que um cadeirante ou uma pessoa idosa caminhe pelas trilhas do Parque, bem como o estado dos animais, pois hoje é impossível receber mais animais, não tem espaço.
“O prefeito já solicitou um projeto sobre as mudanças, a previsão de gasto é em torno de R$ 800 mil a R$ 1 milhão, o que com certeza, na minha opinião, seria mais viável a construção de um novo zoológico, mais moderno e acessível a todos”, explica Paulo, ressaltando que não questiona a venda da área, mais sim a necessidade de mudanças, principalmente de questões ambientais.
Outra questão levantada foi sobre o barulho, com a construção do shopping irá trazer danos aos animais. Segundo Paulo, ainda não existe nenhum estudo que comprove se isso realmente irá acontecer, mas é confirmado que somente os com passeios e visitações da população já traz danos.
Resposta – Sobre toda essa polêmica gerada, da venda do Bosque, principalmente sobre a valorização da área a partir da construção do shopping o prefeito Anderson Adauto se posicionou mais uma vez.
Segundo ele, é preciso esclarecer que a instalação do novo shopping em Uberaba não depende em nada da área do Bosque. “A venda da área foi colocada apenas como uma ideia, e não será uma ação praticada no meu governo. Nossa intenção é deixar o projeto pronto e uma outra área reservada no caso de realmente o Bosque precisar ser transferido, lembrando que já constatamos que aquele não é o local ideal para os animais”, afirma o prefeito.
Além disso, é bom lembrar que para a venda do local não é somente colocar uma plaquinha de “vende-se”. “É preciso respeitar todo um trâmite, como a destituição dos animais. Eles não podem ser colocados em qualquer local, além de ser um processo burocrático e complexo, como a autorização do Ibama”, ressalta Paulo Cesar.
Em respostas a população com a possibilidade do fechamento do Zoologico, esta fazendo um chamado pela internet como na mesma moeda, para fazer o protesto ;
Cidadãos marcam protesto neste sábado (28) no zoológico local, às 14h. Segundo o organizador do movimento, José Eduardo Reis Ferreira, o objetivo é lutar pela manutenção do Bosque: “É impossível transportar nascente, transplantar árvores de mais de 60 anos, conseguir área de 33 mil metros quadrados de mata nativa, entre outras coisas.”
O movimento está sendo divulgado na rede social Facebook na internet, mais de 100 pessoas vão atender o chamado e outras 1.642 talvez atendam. A maioria dos internautas disseram não saber da situação e mostraram-se chocados com a novidade, muitos fizeram comentários criticando a ação do prefeito Anderson Adauto.
Um dos protestantes se ofereceu para ficar durante seis horas organizando um abaixo-assinado dentro do Bosque e pediu a colaboração do restante.
Segundo o chefe de seção de áreas verdes e arborização da Prefeitura Municipal, Thiago Pires, atualmente o Bosque abriga 130 animais de 35 espécies diferentes entre aves répteis e mamíferos. Ele conta que a população não precisa se preocupar com os animais, estão sendo vistos novos locais para a construção de um novo zoológico e ele promete que caso a mudança realmente seja necessária, o novo local estaria pronto antes de fechar o atual Bosque.
“A mudança seria feita por biólogos, veterinários e todo o pessoal necessário para o serviço. Os animais não serão prejudicados de forma alguma”, afirmou.
Veja algumas fotos do local:
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