Por: André Montandon
Foto: Carolina Ferreira / Divulgação |
Bem-vindos à selva sonora onde a batida é selvagemente contagiante e as palavras ecoam como o rugido de um leão na floresta musical. Fruto da união do carismático e energético cantor e compositor Samuel Samuca com nove músicos de projetos de sucesso na cena contemporânea de São Paulo, como Nomade Orquestra e Orquestra Brasileira de Música Jamaicana. O álbum de estreia - "Madurar" - lançado em 2016, rendeu a indicação para o 28º Prêmio da Música Brasileira como melhor grupo na categoria canção popular. Já "Tudo que Move é Sagrado" - em homenagem aos 70 anos de Ronaldo Bastos - contou com as participações de nomes como Criolo, Luedji Luna, Liniker, figurando entre os melhores álbuns de 2018 do Prêmio APCA. Em 2022, "Ditados Populares Dançantes", terceiro álbum de estúdio e o mais recente trabalho, trouxe uma atmosfera dançante e multicultural que marca a trajetória do grupo, que neste ano, comemora dez anos de história.
Prepare-se para adentrar na densa vegetação de ritmos e melodias com Samuca e a Selva, que desembarca pela segunda vez no palco do Laboratório 96 em Uberaba-MG. E para aguçar a sua vontade de embarcar nesta jornada única com este coletivo artístico que se aventura pelos territórios inexplorados da arte sonora, realizamos uma entrevista exclusiva que você pode conferir, a seguir:
- Como vocês descreveriam o som único do Samuca e a Selva para alguém que ainda não teve o privilégio de experienciar?
Samuca e a Selva - Acho que dá pra dizer que é uma experiência que mistura ritmos muito dançantes a uma poesia que se propõe a ser sagaz, a trazer reflexão acerca de temas do cotidiano. Tudo isso amarrado em apresentações bastante imersivas, potentes. São 10 pessoas no palco, realmente tocando seus instrumentos. Acho que isso colabora pra incrementar a carga emocional do show.
- Acredito que cada membro da banda possui suas próprias influências e gostos. Como conseguem fazer para o elenco se entender, não apenas musicalmente, mas também nos relacionamentos pessoais e no momento de compor as músicas?
Samuca e a Selva - Eu diria que a grande chave do nosso entendimento enquanto grupoé a capacidade de ouvir. A gente foi se moldando pra se respeitar nesse lugar. Hora de falar e hora de ouvir. Acho que isso faz com que a gente acabe ouvindo todas as ideias, referências e sugestões de todo mundo e depois abrimos espaço pro teste, antes de sair julgando se aquilo funciona ou não. O fato de todos terem diferentes referências acho que é mesmo a magia da coisa. Incrementa nossa pesquisa e por fim nossa sonoridade. No fim o nosso som é justamente a fusão de tudo isso.
- Além da música, quais outras formas de arte ou experiências de vida influenciam o trabalho da banda?
Samuca e a Selva - Como são muitas individualidades fica até difícil de listar. Mas acho que em termos gerais somos todos amantes do cinema, das cênicas e das artes visuais. Eu já realizei inúmeros trabalhos como ator e apresentador. O Victor Fão além de trombonista é cartunista e ilustrador. A Carol é doutora especializada em trilha sonora pra cinema, além de já ter dirigido alguns filmes. O Matheus é professor no instituto brincante em uma turma que aborda as danças populares do Brasil. Então nesse aspecto também é bastante informação que transamos com a nossa musicalidade.
- Celebrados por suas performances energéticas no palco, como vocês mantêm essa intensidade durante longas turnês e apresentações?
Samuca e a Selva - O público é sempre um motor. Ver a galera dançando, curtindo e se entregando é muito motivador e faz com que a gente queira mais fogo. Mas pra além disso acho que vale destacar que a gente tá numa fase bem fitness (risos). É verdade. Impressionantemente 100% do grupo anda bastante preocupado com a questão da saúde, pra além da questão estética. Saúde enquanto qualidade de vida mesmo. A gente se cuida e troca muita ideia sobre treino, alimentação, sono e tem se alicerçado muito. O bacana é que isso tem trazido um foco maior, todo mundo mais disposto e mais afim. Impacta diretamente e positivamente no nosso próprio profissionalismo. Acho que isso também ajuda a manter toda a intensidade e o vigor dos shows.
- Para encerrar, mande uma mensagem para galera de Uberaba e região que segue o zebunarede e está ansiosa para esse encontro especial no Laboratório 96.
Samuca e a Selva - Uberaba é uma terra querida que marcou muito a gente na nossa última (e única ida). Público quente, carinhoso e afim de dançar. Isso motiva a gente. O Lab dispensa apresentações. Uma das casas mais charmosas do país. Vai ser uma maravilha retornar e rever essa galera. Estamos ansiosos ❤️
Foto: @espacolaboratorio96 |
https://www.sympla.com.br/evento/lab96-apresenta-samuca-e-a-selva/
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